Morrei, morrei…
Morrei, morrei, de tanto amor morrei,
morrei, morrei de amor e vivereis.
Morrei, morrei, e não temais a morte,
voai, voai bem longe, além das nuvens.
Morrei, morrei, nesta carne morrei,
é mero laço, a carne que vos prende!
Vamos, quebrai, quebrai esta prisão!
Sereis de pronto príncipes e emires!
Morrei, morrei aos pés do Soberano:
e assim sereis ministros e sultões!
Morrei, morrei, deixai a triste névoa,
tomai o resplendor da lua cheia!
silêncio é o sussurro de morte,
e esta vida é uma flauta silente.
Rumî